CLARA NUNES
Claridade
Released 1975
1-O mar serenou (Candeia)
2-Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato)
3-A deusa dos Orixás (Toninho – Romildo)
4-Juizo final (Élcio Soares – Nelson Cavaquinho)
5-Tudo é ilusão (Tufy Lauar – Eden Silva – Anibal da Silva)
6-Valsa de realejo (Guinga – Paulo César Pinheiro
7-Bafo de boca (Paulo César Pinheiro – João Nogueira)
😯 último bloco (Candeia)
9-Ninguém tem que achar ruim (Ismael Silva)
10-Às vezes faz bem chorar (Ivor Lancellotti)
11-Vai amor (W.Rosa – Monarco)
12-Que seja bem feliz (Cartola)
I am in love with Clara Nunes, who left us far too early at the age of 39. Her voice just instantly puts me in a better place, no matter what is going on or where I am. There’s not too many people I can say that about, not even Elis Regina, whose own turmoil bubbles beneath the passionate surface of her recorded works in a way that the attuned ear can pick up on fairly quickly. While Regina’s music is often playful, joyous, even transcendent, there is also a deep melancholy. Not so for Clara Nunes, whose saddest songs are still somehow cheerful. Perhaps it was her strong spirituality grounded in Candomblé, which after all is at the roots of samba. She shares this optimism, even when tearful, with those samba composers whose work she so lovingly committed to wax — Candeia, Monarco, Cartola: some of the great poets of the Portuguese language and masters of melodic subtlety. Clara Nunes opened the way for a host of sambistas (female samba singers) of the “samba revival” of the 1970s like Alcione and Beth Carvalho. Clara’s earliest recordings honestly do not do much for me. But she really hit her artistic stride in the early 70s, probably peaking with 1974’s “Alvorecer”. This album, Claridade, follows that one and while it might not be quite the milestone that Alvorecer was, it is still one of her strongest records, consistent in the quality of its arrangements, production, performance, and of coarse, Clara’s sonorous, soaring voice.
Clara Nunes “Claridade” (EMI-Odeon, 1975)
A lovely, solid ’70s style samba album, with lovely, clear melodies and — oh! — that heavenly voice! A swirly string section kicks in on the end of Side One, but it hardly gets in the way… Basically this is yet another fine album, with songs by all the usual crowd — Nelson Cavaquinho, Monarco, Candeia and Cartola. She slows down on a couple of tunes, and these ballads add a little variety to the mix. Recommended!
Biografia
Trabalhava numa fábrica quando resolveu participar do concurso A Voz de Ouro ABC, em que foi vencedora na etapa mineira e terceiro lugar na final, em São Paulo, em 1959. A partir de então conseguiu um emprego em uma rádio de Belo Horizonte e se apresentava em casas noturnas da cidade. Em 1965 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco, com repertório de boleros e sambas-canções. Depois de alguns álbus ainda com gênero indefinido, firmou-se no samba nos anos 70. Em 74, seu LP vendeu cerca de 300 mil cópias, graças ao sucesso do samba “Conto de Areia” (Romildo/ Toninho). Fio um recorde para a época, que rompeu com o tabu de que cantora não vendia discos e estimulou outras gravadoras que investissem em sambistas (mulheres) como Alcione, que gravou seu primeiro LP em 75 e Beth Carvalho, que transferiu-se para uma grande fábrica, a RCA, em 76. Os discos que se seguiram a transformaram em uma das três rainhas do samba dos anos 80, ao lado das outras duas referidas intérpretes. Clara gravou desde sambas-enredos até composições de Caymmi e Chico Buarque. Na segunda metade da década, lançou um disco por ano, todos com grandes vendas e gravações históricas, como as de “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho/ Élcio Soares), “Coração Leviano” (Paulinho da Viola) e “Morena de Angola” (Chico Buarque). Ficou famosa também por suas canções calcadas em temas do Candomblé, sua religião, e por sua indumentária caracaterística, sempre de branco e com colares e missangas de origem africana. Morreu prematuramente após uma cirurgia malsucedida, causando consternação popular. Outros sucessos: “Você Passa e Eu Acho Graça” (Ataulfo Alves/Carlos Imperial), “Ê Baiana”, “Ilu Ayê – Terra da Vida”, “Tristeza, Pé no Chão” (Armando Gonçalves Mamâo), “A Deusa dos Orixás”, “Macunaíma”, “O Mar Serenou” (Candeia), “As Forças da Natureza” (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro), “Guerreira”, “Feira de Mangaio” (Sivuca/ Glorinha Gadelha), “Portela na Avenida” (Mauro Duarte/ Paulo César Pinheiro), “Nação” (João Bosco/ Aldir Blanc)
Olá Flabber,
estou procurando comprar os discos da Clara Nunes remasterizados em Abbey Road. Você sabe alguma coisa sobre a qualidade deles, sabe se vale mesmo a pena? São bem difíceis de encontrar. E quanto aos discos do Gonzaguinha, também remasterizados em Abbey Road? Você já os ouviu? Acho que posso encontrá-los no Mercado Livre.
Até.
oi Riu, estou viajando no momento e não posso olhar aos discos de Gonzaguinha para saber quais que são. Mas de Clara, tenho opinão sim. Esse de Claridade (nesse post) é de Abbey Road mesmo, masterizado por Peter Mew. Gosto tanto do trabalho dele em geral (por exemplo com Paulinho da Viola, Milton, e inglêses como Kevin Ayers), porém nesse título acho meio fraço no som. Na verdade a voz de Clara tem que ser bem difícil na masterização, uma cantora tão dinamica e expressiva. Até agora não ouvi nada que chega perto do vinil original. Mas, com supresa, gosto o som do séries 2-em-1 de EMI lançado em 2003. Tenho Alvorecer e Canto das Três Raças nessa forma e acho o som mais sauve do que o Abbey Road. A caixa de Clara que saiú alguns anos atrás eu não conheço ainda. Um abraço
sem link